segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

E você, acredita em Papai Noel?

Embora essa história date de muitos anos, ela continua atual pela sensibilidade do texto e por dar asas à imaginação de uma criança. Aliás, de muitas crianças de todas as idades.

Foi no Natal de 1897 que Virginia O'Hanlon Douglas, garota de 8 anos, filha de um médico de Nova York, escreveu para o jornal The Sun perguntando se Papai Noel existia. O jornal publicou sua carta e a resposta do editorialista Francis Church. Foi um sucesso tão grande que o jornal reproduziu-as durante os anos seguintes, na época do Natal, até o seu último número em 1949. O fato se tornou famoso na imprensa mundial, virando livro com recorde de vendas nos Estados Unidos.


Editorial do The Sun, 1897
É com enorme prazer que respondemos à carta abaixo, aproveitando para expressar nossa enorme gratidão em reconhecer sua autora como leal amiga do The Sun.
"Prezado Editor, tenho 8 anos. Alguns de meus amiguinhos dizem que não existe Papai Noel. Meu pai costuma falar: 'Se estiver no The Sun, então será verdade'. Por favor, me diga a verdade: Papai Noel existe?" Assinado: Virginia O'Hanlon.
"Virginia, seus amiguinhos estão errados. Provavelmente foram afetados pela descrença de uma época em que as pessoas acreditam em poucas coisas. Só acreditam naquilo que vêem. Elas acham que o que não compreendem com suas cabecinhas não pode existir. Todas as mentes, Virginia, sejam as dos adultos ou das crianças, são limitadas. Neste nosso grande Universo, o homem é um mero inseto, uma formiguinha, quando seu intelecto é comparado com o infinito que o cerca ou quando medido pela inteligência capaz de entender toda a verdade e conhecimento.
Sim, Virginia, Papai Noel existe! Isso é tão certo quanto a existência do amor, da generosidade e da devoção e você sabe que tudo isso existe em abundância, trazendo mais beleza e alegria à nossa vida. Ah! Como seria triste o mundo sem Papai Noel! Seria tão triste quanto não existir Virginias. Não haveria então a fé das crianças, a poesia e a fantasia para fazer a nossa existência suportável. Não teríamos alegria nem prazer, a não ser com os nossos sentidos: seria preciso ver e tocar para poder sonhar. A transparente luz das crianças, com a qual inundam o mundo, seria apagada.
Não acreditar em Papai Noel!... É o mesmo que não acreditar em fadas!
Você poderia pedir ao seu pai para contratar muitos homens para vigiar todas as chaminés na véspera de Natal e assim pegar Papai Noel; mas, mesmo que você não o visse descendo por elas, o que isso provaria? Ninguém vê o Papai Noel, mas não há sinais de que ele não existe.
Você por acaso já viu fadas dançando no jardim? Claro que não, mas não há provas de que elas não estejam por lá. Ninguém pode conceber ou imaginar todas as maravilhas do mundo que nunca foram vistas e que nunca poderão ser admiradas. As coisas mais reais são aquelas que nem as crianças nem os adultos podem ver.
Se quebramos o chocalho de um bebezinho, poderemos ver o que faz aquele barulho lá dentro, mas existe um véu cobrindo o mundo invisível que nem o homem mais forte, nem mesmo toda a força de todos os homens mais fortes do mundo reunida poderia rasgar. Somente a fé, a poesia, o amor e a fantasia podem abrir essa cortina e desvendar a beleza e a glória celestiais que existem por detrás dela. Será que tudo isso é real? Ah, Virginia, em todo esse mundo não existe nada mais real e duradouro.
Se existe Papai Noel? Graças a Deus ele vive e viverá para sempre.
Daqui a mil anos, Virginia, e ainda daqui a dez mil anos ou dez vezes esse número, ele continuará a fazer feliz o coração das crianças."
Francis Church

Do blog Clubes de leitura

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Clubes de leitura - o blog da Plural: Literatura, vídeo-game e Justin Bieber

A principal finalidade de criar um clube de leitura em qualquer espaço educacional é o de fazer com que os estudantes escolham livros interessantes para ler e tenham discussões inteligentes sobre o texto lido. Sabemos, no entanto, que ao criar um clube de leitura na escola uma das principais preocupações do professor é não saber o que fazer se os alunos não conseguirem se lembrar do que leram e sobre o que discutir.
“O que eu faço se eles simplesmente ficarem olhando uns para os outros, ou pior ainda, se começarem a falar sobre os jogos de vídeo-game ou sobre o último lançamento do Justin Bieber?”

Leia o artigo de Raquel Léa Brunstein na íntegra no link abaixo:

Clubes de leitura - o blog da Plural: Literatura, vídeo-game e Justin Bieber

sábado, 15 de setembro de 2012

Pensar contra a corrente


O Ministério da Cultura de Cuba, o Instituto Cubano do Livro e a “Editorial de Ciencias Sociales” chamam escritores para 10ª edição do Concurso Internacional de Ensaio Pensar Contra A Corrente.
Podem participar autores de qualquer país, com um ensaio inédito em Espanhol, Português, Inglês ou Francês. As inscrições seguem até dezembro.

Saiba mais neste link.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Petrobras incentiva autores de ficção e poesia

Entre os editais abertos pela Petrobras para incentivo cultural em agosto, um é voltado a autores que já tenham ao menos um livro publicado.
O incentivo é para que os autores publiquem um novo livro, de ficção ou poesia.
As inscrições vão até novembro e o valor do patrocínio é de R$ 60 mil por projeto.
Mais informações no site do Programa Petrobras Cultural.  

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Novos autores participarão de mesa com Carpinejar


O SESC São Paulo vai realizar uma ação inédita durante a 22ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, com o objetivo de abrir espaço e dar visibilidade para novos autores.
O projeto “Escritores in progress” vai selecionar autores nacionais, nas áreas de ficção e não-ficção, para compor uma mesa durante a Bienal, mediada pelo autor Fabrício Carpinejar.  Para participar da ação, os interessados devem postar no Youtube um vídeo com a sua apresentação e/ou de sua obra, com até dois minutos de duração.

Os links dos vídeos devem ser enviados até o dia 6 de agosto para o e-mail sescnabienaldolivro@sescsp.org.br


Fonte: www.culturaemercado.com.br

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Como seria sua estante excêntrica?


Ilustração de Nathan Baroukh para o Caderno orientador para ambientes de leitura
"Sempre acreditei que a biblioteca de cada um contém uma estante excêntrica. Nela repousa uma pequena e misteriosa coleção de volumes, cujos assuntos nâo têm a menor relação com o restante da biblioteca, embora, numa investigação mais detalhada, revelem um bocado sobre o dono. [...]"

Como seria sua estante excêntrica? Que livros você colocaria ali?

Leia o texto na íntegra no blog Clubes de Leitura Plural.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

FBN e Funarte oferecem 30 bolsas de criação e 20 de circulação, voltadas para a literatura


FBN e Funarte vão oferecer 30 bolsas voltadas para a criação literária, em âmbito nacional, no valor de R$ 15 mil cada, direcionadas a escritores iniciantes. O objetivo do edital é promover o desenvolvimento de projetos de criação de romances, contos, crônicas, novelas e poemas. Já para o edital de circulação literária serão destinadas 20 bolsas, no valor de R$ 40 mil, com o intuito de concretizar projetos voltados à promoção e difusão da literatura por meio de oficinas, cursos, contação de histórias e/ou palestras.

De acordo com o presidente da Funarte, Antonio Grassi, a grande novidade desta edição do Bolsa de Criação Literária é o incentivo a novos escritores. “Pela primeira vez, este edital será voltado exclusivamente para autores iniciantes. Com esta iniciativa, pretendemos estimular e democratizar o acesso ao fomento na área da literatura”, ressalta Grassi

O projeto, segundo o presidente da FBN, Galeno Amorim, é vital para alavancar os índices de leitura nas regiões apontadas como as mais frágeis pela pesquisa Retratos da Leitura. “Somente com o lançamento de ações afirmativas e focadas como a Bolsa de Circulação é que a Biblioteca Nacional, a Funarte e o Ministério da Cultura contribuirão de forma efetiva para a popularização da literatura de forma nacional”, avalia Galeno.

As inscrições nos editais podem ser feitas até o dia 2 de agosto.

Saiba mais no site da Funarte.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Três coisas não se jogam fora na França: pães, livros e livrarias

Foto: Alice Dison/The New York Times

Enquanto livrarias fecham as portas pelo resto do mundo, na França aumentam não só o número de lojas, como também o de livros vendidos. A receita? Impostos e juros menores para o setor e controle de preços dos livros eletrônicos.


Os franceses, como sempre, insistem em ser diferentes. Enquanto livrarias independentes fecham nos Estados Unidos, na Grã-Bretanha e em muitos outros países, o mercado livreiro francês está se saindo bem. A França ostenta 2.500 livrarias e, para cada livraria de bairro que fecha, outra parece abrir. Entre 2003 e 2011, a venda de livros no país cresceu 6,5%.
Na França, a venda de livros eletrônicos representa somente 1,8% do mercado editorial enquanto que, nos EUA, eles somam 6,4% do total. A França tem uma reverência secular por páginas impressas.

"Tem duas coisas que não se jogam fora na França: pão e livros", disse Bernard Fixot, proprietário e editor da XO, pequena editora dedicada a lançar best-sellers. "Na Alemanha, o status social criativo mais importante é dedicado ao músico. Na Itália, ao pintor. Quem é o criador mais importante na França? É o escritor."


sexta-feira, 4 de maio de 2012

Os pequenos empreendedores do setor livreiro



As dificuldades que enfrentam pequenos livreiros, autores e editoras no mercado dominado por gigantes do não são poucas. Frente às grandes, a principal estratégia é a diferenciação. Luciano Gomes (foto), da Livraria Acadêmica, apostou na especialização para garantir clientela. Assim como ele, outros empreendedores deste mercado precisam de criatividade para se manter e crescer. “Não funcionamos como as grandes editoras, que compram os direitos autorais do livro do autor. Somos contratadas para fazer o projeto gráfico, a editoração, o registro do livro com o nome do próprio autor na Biblioteca Nacional”, explica Wânia Caldas, da Dedo de Moças Editora.
Leia este e outros depoimentos de pequenos editores diretamente no site do jornal O Povo.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Tipo assim, fala sério!

A professora Maria Célia Lima-Hernandes, do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas do Departamento de Letras da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, acaba de lançar pela Edusp o livro Indivíduo, sociedade e língua: Cara, tipo assim, fala sério! (Edusp, 2012).
O livro toma como mote a polêmica sociolinguística sobre a possibilidade de um indivíduo adulto mudar sua gramática ao longo da vida. A pesquisadora investiga se os mesmos falantes poderiam ter sua gramática alterada num espaço de vinte anos.

Fonte: Agência USP de Notícias


quarta-feira, 25 de abril de 2012

Ministério da Cultura anuncia mais de R$ 300 milhões para leitura


O Ministério da Cultura anunciou nesta segunda-feira (23) a liberação de R$ 373 milhões para o PNLL (PlanoNacional do Livro e Leitura), que objetiva incentivar a leitura no país. Segundo pesquisa recente divulgada pelo Ibope e pelo Instituto Pró-Livro, o número de leitores -- aqueles que leram pelo menos um livro, inteiro ou em partes, nos três meses anteriores à entrevista --diminuiu em comparação a 2007.

Leia mais

sábado, 21 de abril de 2012

Bienal do Livro de Brasília termina segunda

    Miguel Souza Tavares - foto Carol Matias

Segue até a próxima segunda-feira, dia 23, a 1ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura de Brasília. A intenção dos promotores do evento é transformar a cidade na capital da leitura. Além de livros, a exposição conta com diversas atrações. Foi o caso da palestra do escritor português Miguel Souza Tavares.
...

A escrita do encantamento

A síntese da palestra do escritor português Miguel Souza Tavares está na frase: “Escrever é saber contar histórias”. Para o autor de obras-primas como Equador e Rio das Flores, não basta saber usar bem as palavras. É preciso encantar o leitor. Miguel Souza Tavares foi um dos convidados da I BIENAL BRASIL DO LIVRO E DA LEITURA, na tarde de sexta-feira, numa palestra que também celebrou o Ano do Brasil em Portugal e Portugal no Brasil.

Leia no site do evento as matérias sobre esta e outras palestras.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Biblioteca Nacional acusada de "se curvar ao comércio de livros"

Em carta enviada à presidenta Dilma Rousseff, autores e profissionais do mercado editorial brasileiro acusam a Biblioteca Nacional de priorizar interesses de grandes editoras na distribuição de recursos. Veja um trecho da matéria publicada hoje:

Representantes do setor de livro, leitura e literatura junto ao governo enviaram a Dilma Rousseff carta em que acusam a Fundação Biblioteca Nacional de "se curvar ao comércio de livros" e focar as políticas públicas no atendimento de "interesses imediatos do mercado editorial".
Nenhum dos quatro titulares da cadeia produtiva --a que estaria sendo beneficiada pela FBN-- participou da elaboração da carta, ressalta o escritor Nilton Bobato, que coordenou a entrega da carta.
Entre os signatários, estão representantes da cadeia criativa, como o poeta Ademir Assunção, e da cadeia mediadora, como o pedagogo Rogério Barata.
A carta é assinada por 9 dos 15 membros titulares do Colegiado Setorial de Livro, Leitura e Literatura, instituído em maio de 2009 pelo MinC como o espaço para a sociedade civil acompanhar as políticas públicas da área.

Leia a notícia na íntegra aqui

terça-feira, 10 de abril de 2012

Governo quer mais autores brasileiros traduzidos para o inglês


A Biblioteca Nacional, oitava do mundo em acervo, será neste ano uma das mais atuantes instituições públicas do Brasil a lançar mão de políticas tradicionalmente associadas ao soft power. Além de promover a tradução de obras de autores brasileiros para inglês e espanhol, está iniciando um programa para criar bibliotecas nas fronteiras do país com seus vizinhos na América do Sul.
Para o presidente da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), Galeno Amorim, a literatura é um meio "eficaz" de proporcionar um mergulho na cultura de um povo. A instituição acaba de criar uma área internacional para ampliar a ação no exterior, o Centro Internacional do Livro. Por trás da iniciativa, porém, está a estratégia de atrair investimentos e compradores para o mercado brasileiro de livros.

Veja a notícia na íntegra no site da BBC Brasil.